sábado, 9 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
Domingos paro e a prevenção do câncer
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Domingos paro e a prevenção do câncer
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sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Comunicação na era moderna
Nos regimes democráticos e na economia globalizada, a comunicação é área estratégica e fundamental para o sucesso das organizações públicas e privadas. Comunicação é ciência. Tem princípios e contornos próprios. Quem não diz claramente o que é permite que pensem o que não é. A comunicação não pode ficar à jusante do processo de decisão. As empresas e os órgãos públicos e privados recorrem à comunicação para se mostrarem à comunidade, às vezes com um certo folclore, para cativarem o seu público externo, ganharem simpatia interna.
Infelizmente, não são muitos os gestores que têm exato conhecimento de que a comunicação deve ser tratada a montante do processo de decisão e manejada como uma ferramenta estratégica de gestão. Também ainda são poucos os que a encaram como um investimento, e não como um custo. É por meio da comunicação que, no âmbito de cada comunidade, estabelece-se o conjunto de valores -políticos, religiosos, econômicos e comportamentais- que constitui o universo cultural, os usos e costumes de cada tribo, nação e civilização.
Durante milhares de anos a comunicação limitou-se, nas sociedades primitivas, à linguagem oral. A escrita, forma mais sofisticada de comunicação, surgiu por volta de 4.000 a. C., na Mesopotâmia, Egito, China, Palestina e Índia. Os povos que habitavam essas regiões constituíram as primeiras civilizações do planeta e tinham em comum a prática da agricultura, a criação de animais, a metalurgia, a escultura, sistemas religiosos e políticos organizados e, claro, a escrita. Esta última virtude permitia-lhes deixar para as sucessivas gerações todo o conhecimento adquirido.
Todas as grandes transformações que se seguiram na história apoiaram-se na capacidade da comunicação. A exemplo do que ocorria nas sociedades primitivas, a comunicação é o sistema que oferece coesão e referências culturais harmônicas à civilização globalizada deste início de milênio, a cada país, Estado, cidade, bairro, empresa, família etc. É por isso que, cada vez mais, essa atividade apresenta-se, no universo empresarial, como ferramenta imprescindível à conquista de resultados. A comunicação empresarial deste século se caracterizará por três grandes vertentes:
a crescente expansão do suporte eletrônico. A comunicação vai deixando de ser escrita e passa a utilizar modernos instrumentos, como vídeos, sítios na internet e nas intranets, boletins eletrônicos e multimídias. A internet revolucionará a publicidade.
A segunda vertente diz respeito à redução das fronteiras entre comunicação interna e externa, com ênfase na qualidade.
A terceira refere-se ao predomínio da emotividade sobre a racionalidade. A comunicação tende a se tornar menos cinzenta e mais colorida. Será preciso seduzir, cativar, apelar aos sentidos e despertar as emoções e os afetos.
Uma análise puramente científica demonstra não haver comunicação sem retórica. Essa consideração é fundamental para que se discuta o verdadeiro papel e a dimensão ética do chamado jornalismo institucional, conceito atual que define, de forma genérica, as atividades de assessoria de imprensa e a edição de jornais, revistas e vídeos institucionais, destinados ao público interno ou externo das organizações.
Em ambas as vertentes, que representam um importante nicho para o mercado de trabalho dos jornalistas, a retórica é uma característica presente. Estabelecer os seus limites, contudo, é fundamental para não esbarrar na ética. Outro ponto que deve ser destacado é o papel da comunicação empresarial no campo social.
A participação dos empresários nessa área tem crescido de forma significativa, convencidos que estão de que o governo, sozinho, não conseguirá resolver os graves problemas sociais que afligem o país. Afinal, o sucesso de uma empresa irá depender do vigor de seu mercado consumidor. O conceito de cidadania empresarial vem sendo cada vez mais discutido e praticado, pois o exercício da responsabilidade social acaba acarretando maior produtividade e qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas.
A empresa moderna não pode ser simplesmente uma unidade de produção e consumo, voltada apenas para o lucro financeiro. A comunicação da era moderna não pode deixar de ser humilde e procurar fazer tudo com presteza, eficiência e, acima de tudo, com a humildade que o notável Albert Sabin, no final de sua vida, referindo-se à sua preciosa e salvadora descoberta -a vacina contra a poliomielite-, professou: "Tudo o que fiz foi um esforço concentrado para aliviar um pouquinho a miséria humana".
Ruy Martins Altenfelder Silva, 65, advogado, é presidente do Centro de Estudos Avançados e Estratégicos do Ciesp. Foi secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo (2001-2002).
Folha de São Paulo, Folha Opinião, 06 de Janeiro de 2005, p. A3.
Infelizmente, não são muitos os gestores que têm exato conhecimento de que a comunicação deve ser tratada a montante do processo de decisão e manejada como uma ferramenta estratégica de gestão. Também ainda são poucos os que a encaram como um investimento, e não como um custo. É por meio da comunicação que, no âmbito de cada comunidade, estabelece-se o conjunto de valores -políticos, religiosos, econômicos e comportamentais- que constitui o universo cultural, os usos e costumes de cada tribo, nação e civilização.
Durante milhares de anos a comunicação limitou-se, nas sociedades primitivas, à linguagem oral. A escrita, forma mais sofisticada de comunicação, surgiu por volta de 4.000 a. C., na Mesopotâmia, Egito, China, Palestina e Índia. Os povos que habitavam essas regiões constituíram as primeiras civilizações do planeta e tinham em comum a prática da agricultura, a criação de animais, a metalurgia, a escultura, sistemas religiosos e políticos organizados e, claro, a escrita. Esta última virtude permitia-lhes deixar para as sucessivas gerações todo o conhecimento adquirido.
Todas as grandes transformações que se seguiram na história apoiaram-se na capacidade da comunicação. A exemplo do que ocorria nas sociedades primitivas, a comunicação é o sistema que oferece coesão e referências culturais harmônicas à civilização globalizada deste início de milênio, a cada país, Estado, cidade, bairro, empresa, família etc. É por isso que, cada vez mais, essa atividade apresenta-se, no universo empresarial, como ferramenta imprescindível à conquista de resultados. A comunicação empresarial deste século se caracterizará por três grandes vertentes:
a crescente expansão do suporte eletrônico. A comunicação vai deixando de ser escrita e passa a utilizar modernos instrumentos, como vídeos, sítios na internet e nas intranets, boletins eletrônicos e multimídias. A internet revolucionará a publicidade.
A segunda vertente diz respeito à redução das fronteiras entre comunicação interna e externa, com ênfase na qualidade.
A terceira refere-se ao predomínio da emotividade sobre a racionalidade. A comunicação tende a se tornar menos cinzenta e mais colorida. Será preciso seduzir, cativar, apelar aos sentidos e despertar as emoções e os afetos.
Uma análise puramente científica demonstra não haver comunicação sem retórica. Essa consideração é fundamental para que se discuta o verdadeiro papel e a dimensão ética do chamado jornalismo institucional, conceito atual que define, de forma genérica, as atividades de assessoria de imprensa e a edição de jornais, revistas e vídeos institucionais, destinados ao público interno ou externo das organizações.
Em ambas as vertentes, que representam um importante nicho para o mercado de trabalho dos jornalistas, a retórica é uma característica presente. Estabelecer os seus limites, contudo, é fundamental para não esbarrar na ética. Outro ponto que deve ser destacado é o papel da comunicação empresarial no campo social.
A participação dos empresários nessa área tem crescido de forma significativa, convencidos que estão de que o governo, sozinho, não conseguirá resolver os graves problemas sociais que afligem o país. Afinal, o sucesso de uma empresa irá depender do vigor de seu mercado consumidor. O conceito de cidadania empresarial vem sendo cada vez mais discutido e praticado, pois o exercício da responsabilidade social acaba acarretando maior produtividade e qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas.
A empresa moderna não pode ser simplesmente uma unidade de produção e consumo, voltada apenas para o lucro financeiro. A comunicação da era moderna não pode deixar de ser humilde e procurar fazer tudo com presteza, eficiência e, acima de tudo, com a humildade que o notável Albert Sabin, no final de sua vida, referindo-se à sua preciosa e salvadora descoberta -a vacina contra a poliomielite-, professou: "Tudo o que fiz foi um esforço concentrado para aliviar um pouquinho a miséria humana".
Ruy Martins Altenfelder Silva, 65, advogado, é presidente do Centro de Estudos Avançados e Estratégicos do Ciesp. Foi secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo (2001-2002).
Folha de São Paulo, Folha Opinião, 06 de Janeiro de 2005, p. A3.
sábado, 18 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
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